SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL

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sexta-feira, 5 de junho de 2015

Contextualização:

 
 
 
Sabe-se que historicamente a profissão de Assistente Social foi construída basicamente para o sexo feminino, e nessa trajetória destacaram-se formas de organização social do trabalho que estabeleceram sua identificação com os valores associados à feminilidade, de tal forma que a figura do profissional remete de imediato à mulher. Partindo dessa reflexão sobre a trajetória do Serviço Social, e tomando como referência a participação masculina no seu desenvolvimento, observa-se que historicamente a mulher sempre foi uma referência para a identificação social dessa categoria como profissão, em princípio por ser, desde suas origens, uma área aberta à atuação feminina. Essa predominância da participação feminina, sob a ótica da questão de gênero e divisão social e sexual do trabalho, pode ser compreendida, ao se verificar que o trabalho social envolveu em seus primórdios ações de ordem caritativa, assistencial, filantrópicas, em princípio amparadas nos valores cristãos da caridade e solidariedade, um espaço historicamente marcado pela presença feminina provedora. A pesquisa demonstrou que existe preconceito à presença masculina no Serviço Social, mas também é preciso considerar a percepção subjetiva dos próprios profissionais, influenciando sua decisão de optar pela profissão, como também de nela permanecer. Nesse contexto, mudanças em termos de novas requisições e limites à atuação do Assistente Social no mercado de trabalho contribuem para uma perda de perspectiva sobre a profissão, o que muitas vezes resulta em uma opção por outras atividades no mercado de trabalho onde os homens percebem oportunidades que, na sua visão, não podem encontrar no Serviço Social.

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